quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Protótipo da Trincaniz
... aprender antes

A próxima etapa tem sido sempre a mais complexa... 

É preciso aprender os conceitos do processo, garantir que a próxima etapa vai se encaixar bem com o que se fez até aqui... e algumas vezes tem gasto algumas horas fazendo testes com materiais mais baratos.

Desta vez não foi diferente, vários detalhes da próxima etapa me assombraram por várias vezes, pois não via a solução adequada pra solucionar o processo adequadamente:


  • fazer os chanfros para emendar as ripas
  • levantar uma ripa de 13 metros
  • posiciona-la bem em cada uma das Seções
  • tempo suficiente para passar cola
  • tempo suficiente para fixar
  • como fixar até que a cola curasse
  • como fixar a primeira ripa
  • como fixar a segunda e a terceira ripa
  • como fazer tudo no tempo disponível no tempo permitido antes do início da cura da massa de colagem
  • construir dispositivos para fazer os chanfors
  • construir dispositivos para emendar as ripas
  • como fazer isso sozinho
  • ...

... e várias outras questões e dúvidas que às vezes me pareciam completamente intransponíveis com os dispositivos, com o conhecimento e com a experiência que tinha.

Nessas horas, sempre me lembrava dos amigos que já tinham passado por essa experiência e tinham ultrapassado as dificuldades e alcançado com êxito a próxima etapa.

Foram vários passeios pelo Estaleiro, tantas idas e vindas, tantas fotos, croquis e rabiscos... tentando encontrar o melhor caminho, o melhor processo para executar essa etapa.

Preparei cinco ripas de Pinus de 3 metros, fiz os chanfros com um dispositivo simples na Serra Meia-Esquadria, colei as ripas uma à outra... e comecei a testar levanta-la, posiciona-la e simular as fixações.


ripa de 13 metros com 4 emendas
em chanfro de 250 mm

flexibilidade da ripa
dificuldades para iça-la e posiciona-la

ripa posicionada
fixada provisóriamente com cabos


ripa posicionada
fixada provisóriamente com cabos

ripa posicionada
fixada provisóriamente com cabos

... assim que aprendi como vencer essas dificuldades me arrisquei nas peças definitivas em Cedro Rosa.



quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Acidente de Percurso
... quebra da Seção 5.5

Eles acontecem... e é um susto danado!

Desde que as Seções foram posicionadas, alinhadas, niveladas e travadas sobre o Picadeiro muitas tensões se acumularam em uma ou outra estrutura... e numa manhã ao abrir o Galpão logo me saltou aos olhos que uma das Seções tinha rompido entre a Mão Francesa e o Vau do Convés.

cisalhamento na ripa do Vau do Convés

Foi um grande susto, um misto de sentimentos afloram instanteneamente na Alma. Aos poucos enquanto se assimila o choque as ideias começam a fervilhar tentando encontrar uma solução rápida para que tudo volte a ser como antes.

De um lado algumas constatações de falhas que servem de alerta e também gratidão em poder consertar algo que não estava muito bem feito:


  • área de colagem imperfeita
  • seção bipartida com laterais provisórias na cabine
  • tensões na fixação da Seção
  • tensões na fixação provisória da ripa da Trincaniz
falha na colagem entre a Mão Francesa e a Caverna

Por outro lado... identificar que a massa de colagem MC-3000 da TecPox tem se comportado muitíssimo bem. Houve a ruptura (cisalhamento) da madeira da ripa da que compõe as peças: Caverna, Vau do Convés e Mão Francesa... mas a massa de colagem se manteve intacta.
 
cisalhamento na ripa do Vau do Convés

Hora de refazer o estrago... e sempre um reparo dá muito mais trabalho do que a execução inicial e original.

Lixamento, massa de colagem e mais um dia para a massa de colagem cure totalmente e a Seção retome a estabilidade necessária.

corrigindo as falhas e nova colagem

detalhe da fixação da Mão Francesa
na Caverna e no Vau do Convés

detalhe da fixação da Mão Francesa
na Caverna e no Vau do Convés


Ufa... passou!

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Bancadas
... duas ao lado de cada bordo

Na caminhada sempre vamos identificando algumas novas necessidades... e sempre há alguma boa ideia.

Desta vez foram as...

BANCADAS de apoio para o Galpão.

Pesquisei alguns projetos na WEB e gostei de um deles... encomendei os caibros de 50x100 mm de Pinus Tratado para Deck (aqui em Jundiaí tenho muita dificuldade em encontrar madeira seca de Pinus).

Davi me ajudou desenhando as peças da Bancada no Solid Works... que facilita muito a visualização (pois, pode-se testar a montagem das peças).

croqui da bancada no Solid Works

Davi também me ajudou no Desengrosso... foram muitas passadas até que todas as peças ficassem com a mesma espessura.

corte das peças na meia-esquadria

peças cortadas da bancada de apoio

Davi desengrossando as peças

teste de montagem na bancada de trabalho na oficina

teste de montagem
na bancada de trabalho na oficina

Montagem... e resultado final.

pré-furação, colagem e aparafusamento

montagem dos pés da bancada

bancada montada

bancada montada

bancada montada

bancada montada



quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Amigos de Caminhada
... valeu Henrique pela ajuda!

... caminhar com amigos é mais leve.

Assim foi um dia desses quando o Henrique gastou deu dia me ajudando num trabalho pesado... desengrossar várias pranchas de 1 polegada de espessura e muitos metros de comprimento.

Preparamos várias tábuas com espessura final de 20mm para a fabricação das Trincanizes, que serão construídas (coladas) com 13 metros de comprimento.

Henrique trabalhando com as pranchas de 1 polegada

Henrique e eu...
missão comprida e bem cumprida

Suamos bastante... e foi um excelente resultado, 14 pranchas desengrossadas para a fabricação das Ripas para as Trincanizes (3 ripas de 13 metros em cada Bordo do Veleiro):

anotando as pranchas trabalhadas


  • Prancha 5.200 x 230 mm
  • Prancha 2.600 x 180 mm
  • Prancha 2.300 x 160 mm
  • Prancha 2.200 x 220 mm
  • Prancha 2.600 x 180 mm
  • Prancha 5.700 x 190 mm
  • Prancha 4.200 x 230 mm
  • Prancha 3.500 x 230 mm
  • Prancha 5.700 x 250 mm
  • Prancha 4.100 x 270 mm
  • Prancha 4.700 x 150 mm
  • Prancha 5.000 x 270 mm
  • Prancha 5.700 x 190 mm
  • Prancha 5.400 x 200 mm


Valeu meu amigo!

café com a Débora
satisfeitos pelo trabalho executado

domingo, 2 de setembro de 2018

Nivelamento
... ajustes finais com Nível D'Água

Várias semanas...

Verificar o nível, ajustar uma ou outra Seção.
Verificar o nível, ajustar uma ou outra Seção.
Verificar o nível, ajustar uma ou outra Seção.
Verificar o nível, ajustar uma ou outra Seção.
...

Cheguei a pensar várias vezes que isso não teria fim... é um processo muito cansativo, pois um pequeno ajuste em uma Seção significa soltar vários parafusos de sustenção e fixação nas Balizas, içar a Seção com cabos com a ajuda do Pórtico.

Foram muitos e muitos dias... semanas!

Apesar de ter utilizado Nível a Laser para nivelamento e centralização de cada uma das Seções no Picadeiro, não hesitei em seguir as dicas do meu amigo velejador e construtor do Veleiro Luthier, Dorival... utilize o bom e velho Nível de Água com mangueira incolor e escala.

E assim fizemos: Marcão gastou várias horas do seu tempo verificando comigo cada uma das seções depois de semanas de ajustes... e ainda sobraram mais algumas seções para um pequeno ajuste final.


detalhe da mangueira de nível na extremidade do Vau

detalhe da escala e mangueira de nível

detalhe da escala e mangueira de nível

Marcão e Arnoldo nas leituras das cotas
tabela de cota de BB e BE e ajustes necessários

Depois de tantas idas e vindas... alegrei-me muito com amigos que me visitaram e curtiram os progressos do Veleiro Gabí.


Guto, Ulisses, Fernando, Ton, Carlos, Heber e eu
bons amigos de caminhada, suor e milhas na construção

Vários outros amigos estiveram por aqui... mas infelizmente me esqueci de fotograr e de fazer os devidos registros. Prometo melhorar nesse quesito tão importante da história do Veleiro Gabí.